Cerca de 10 por cento dos portugueses admite que o preço elevado impediu, o ano passado, o acesso ao Serviço Nacional de Saúde, quer seja na ida a consultas de clínica geral e de especialidade, urgências hospitalares ou exames de diagnóstico.

A notícia é avançada esta manhã pela TSF.

O estudo da Information Management School da Universidade Nova de Lisboa revela que o constrangimento aumenta quando se trata de medicamentos: quase 16 por cento da população confessa que não comprou os fármacos receitados por falta de dinheiro.

Mesmo em doenças crónicas, cerca de 11 por cento das pessoas admite que as receitas não foram aviadas pelo mesmo motivo.

O mesmo estudo conclui que em 2014 cada português faltou, em média, cinco dias ao trabalho por motivos de doença, o que representa, nos salários, um prejuízo global de dois mil milhões de euros.

O orçamento do Ministério da Saúde para 2015 é de nove mil milhões, um dos mais altos de sempre em Portugal.

Um outro estudo da Information Management School da Universidade Nova, publicado no ano passado, revelou que por cada euro investido na saúde existe um retorno imediato para a economia de 46 cêntimos.