A  notícia é avançada esta terça-feira (10/01) pelo Jornal de Notícias.

Só um terço dos genéricos vendidos em Portugal estão entre os mais baratos e os utentes poupariam 18 milhões de euros por ano na farmácia se essa percentagem subisse de 33% para 43%.

A maioria dos portugueses está a comprar os genéricos mais caros e, muitas vezes, por opção própria.

De acordo com o referido jornal, o Autoridade do Medicamento - Infarmed - aponta dois motivos: os doentes ainda desconfiam dos genéricos sobretudo quando são muito baratos e preferem pagar mais convencidos que estão a comprar melhor.

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Por outro lado, há farmácias que só dispensam os genéricos mais caros porque perdem dinheiro com os mais baratos. De acordo com dados da Associação Nacional de Farmácias, citados pelo jornal, estas perdem em média 39 cêntimos por cada genérico vendido.

No entanto, as farmácias já estão a receber 35 cêntimos por cada embalagem de genérico vendida de acordo com uma portaria publicada no final do ano de 2016 e com efeitos a partir de 1 de janeiro. Mas para receberem esse valor, os genéricos vendidos têm que ser um dos quatro mais baratos.

Com a medida, o Estado poupará no mínimo 11 milhões de euros e a poupança poderá ainda ser superior se a medida por bem aplicada.

Em 2016, 67% dos médicos prescreveu fármacos de acordo com o princípio ativo e não pelo nome do medicamento. Logo, acaba por ser nas farmácias que é decidido que medicamento é que os portugueses levam para casa, ainda que sejam os consumidores a ter sempre a última palavra na hora de aviar a receita.

"Os genéricos têm tanta qualidade como o medicamento de marca ou originador", recorda Hélder Mota Filipe, vogal da direção do Infarmed, em declarações à RTP.