A notícia é avançada pela edição impressa desta sexta-feira do jornal Público.

Os portugueses vão saber quais são os 82 centros considerados de topo para o tratamento de determinadas doenças ou procedimentos cirúrgicos complexos, os chamados centros de referência nacionais. Só estes poderão ser integrados nas redes de referência europeias.

A escolha promete despertar polémica, porque a maior parte destes centros selecionados por uma comissão de peritos fica localizada nas grandes cidades, como Lisboa, Porto e Coimbra.

Há também centros em três hospitais privados (duas unidades da CUF, Hospital da Luz, Hospital da Cruz Vermelha) na listagem que será divulgada esta sexta-feira à tarde pelo ministro da Saúde no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Para já não haverá grandes alterações, porque para que um paciente seja tratado num destes centros precisa primeiro de ser encaminhado pelo seu clínico assistente.

Só quando houver liberdade de escolha – que o ministro Adalberto Campos Fernandes pretende introduzir durante o seu mandato - será possível selecionar o hospital em que se é tratado, independentemente da área de residência.

Os centros de referência são unidades com reconhecidos conhecimentos técnicos para dar resposta a situações clínicas que exigem especial concentração de recursos ou perícia devido à baixa prevalência da doença, complexidade no diagnóstico ou tratamento de custos elevados.

No transplante de coração, por exemplo, apesar de serem quatro as unidades hospitalares a fazê-lo em Portugal (hospitais de Santa Marta e de Santa Cruz, em Lisboa, e São João, no Porto), só o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra foi selecionado como centro de referência nacional.