As previsões referem "a ocorrência de intrusão de massa de ar proveniente do Norte de África contendo partículas e poeiras em suspensão que poderão afetar a qualidade do ar hoje”, situação que pode prolongar-se para sexta-feira.

Também poeiras do deserto do Saara estão a atingir as nove ilhas dos Açores esta semana.

Trata-se de um fenómeno natural que afeta a qualidade do ar ambiente, e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) estima que pode contribuir para um aumento das concentrações de partículas em suspensão (PM10), mais intensas (entre 20 a 40 microgramas por metro cúbico - mgm-3), nas regiões do Algarve, Alentejo, Lisboa e Vale do Tejo e centro, e menos (entre 10 a 20 mgm-3) no norte.

Para o arquipélago da Madeira, "estima-se que este fenómeno possa contribuir para um aumento máximo das concentrações à superfície na ordem de 40 mgm-3", segundo a APA .

Para as partículas PM10, a Organização Mundial de Saúde aponta o limite de 20 microgramas por metro cúbico, e a União Europeia refere uma média anual de 40 microgramas pormetro cúbico.

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Estas partículas podem entrar no aparelho respiratório e constituem, segundo a OMS, um risco para a saúde ao aumentar a mortalidade nas infeções respiratórias e causar doenças, como cancro do pulmão, ou problemas cardiovasculares.

A APA explica que a "persistência de uma situação sinóptica, anticiclone a sudoeste das Ilhas Britânicas e uma depressão centrada no norte de África que se estende até à Península Ibérica, resultam numa circulação do quadrante leste nos níveis baixos da atmosfera".

Esta circulação favorece o transporte de uma massa de ar formada sobre os desertos do norte de África contribuindo para o aumento de partículas e poeiras em suspensão em Portugal continental e arquipélago da Madeira.

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Com Lusa