O dinitrofenol 2,4, mais conhecido como DNP, era usado originalmente para a fabricação de explosivos, mas nos últimos anos tem sido comercializado online ilegalmente sob a forma de cápsulas, pó ou creme, sendo procurado sobretudo por pessoas que acreditam que a substância as pode emagrecer.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o DNP "já causou doenças graves e mortes em vários países nos últimos três anos".

Em maio de 2015, veio a público a morte de um jovem português, nos Açores, depois de a polícia internacional Interpol ter alertado para os riscos de uma substância ilícita, vendida na Internet, usada para a perda de peso, o dinitrofenol 2,4.

O uso do DNP como substância para emagrecer não é recente: n0s an0s 20 descobriu-se que a substância aumentava a taxa metabólica, permitindo um maior dispêndio energético e a consequente perda de peso.

No entanto, os efeitos secundários e o risco de morte levaram a Food and Drug Administration (FDA), o órgão regulador dos fármacos nos Estados Unidos, a proibir o composto em 1938, catalogando-o como uma "substância extremamente perigosa e não apta para o consumo humano".

Mais recentemente o composto voltou a ganhar fama junto dos jovens na Internet. Segundo um estudo do Departamento de Medicina de Emergência do Hospital Whittington, em Londres, houve um ressurgimento de casos fatais na primeira década do século 21: pelo menos 12 mortes entre 2001 e 2010.

Em 2015, só no Reino Unido, registaram-se 30 casos de intoxicação pela substância (contra 9 casos em 2014). Cinco acabaram por morrer. O caso da morte de Eloise Parry voltou a lançar o alerta.

A Agência Espanhola de Consumo, Segurança Alimentar e Nutrição (Aecosan) lançou recentemente um alerta depois de identificar várias páginas web que comercializavam DNP.

A OMS e a Interpol também emitiram relatórios obre o aumento do consumo do composto.