1 de agosto de 2013 - 14h05
O número de pessoas com doença arterial periférica – circulação perigosamente reduzida ou bloqueio do fluxo de sangue nas pernas – aumentou quase um quarto em 10 anos em todo o mundo, indica um estudo hoje divulgado.
Cerca de 202 milhões de pessoas sofriam da doença em 2010, em comparação com 164 milhões uma década antes, tendo-se registado um aumento significativo entre as pessoas de meia-idade nos países em desenvolvimento, segundo a análise publicada na revista médica britânica Lancet.
O aumento é atribuído ao crescimento da esperança de vida, dado a doença ocorrer principalmente entre os idosos, mas também a um estilo de vida sedentário.
Ser fumador, diabético, hipertenso ou ter excesso de colesterol constituem fatores de risco.
A doença arterial periférica está relacionada com uma série de problemas, incluindo um aumento de quase três vezes do risco de ataques cardíacos e de acidentes vasculares cerebrais. A forma mais avançada da doença representa um grave risco de amputação.
“Esta doença vascular periférica tornou-se um problema mundial do século XXI e já não pode ser vista como uma doença dos países ricos”, sublinha o professor Gerry Fowkes, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, responsável pelo estudo e citado pela agência France Presse.
Segundo Fowkes, “este crescimento espetacular representa um desafio importante para a saúde pública, devido à perda de mobilidade, de uma qualidade de vida reduzida e do aumento do risco de ataque cardíaco e cerebral (AVC)” nas pessoas atingidas.
SAPO Saúde com Lusa