O passeio está marcado para as 18:00, no Largo do Rato, em Lisboa, e tem a participação da Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (Murpi) e do Movimento Democrático de Mulheres (MDM).

A iniciativa irá juntar pessoas com deficiência, com e sem cadeira de rodas, idosos e pessoas com carrinhos de bebé para mostrar como “um dos largos mais importantes de Lisboa pode transtornar a vida a tanta gente” e que Portugal não é um país acessível para as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Com esta ação, as várias organizações vão também lançar a campanha nacional “Ir, vir, viver – Acessibilidades para todos”, como apelo para que sejam identificados os problemas e denunciada a falta de acessibilidade com que se deparam não só as pessoas com deficiência, mas sobretudo as pessoas com mobilidade reduzida.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do CNOD adiantou que as associações querem que o Governo crie um Plano Estratégico para as Acessibilidades “para se tentar ultrapassar todas as situações a nível do país” e com vista a procurar cumprir a legislação.

Passeios curtos, transportes não adaptados, estações de metro inacessíveis

Legislação que, tal como explicou José Reis, existe desde 1982 e anda desde 1997 de prorrogação em prorrogação de prazos para que seja cumprida depois de nesse ano ter sido aprovado um decreto-lei que dava sete anos ao Estado português para garantir que todas as entidades públicas garantiam o acesso sem barreiras a todos os cidadãos.

Como os objetivos não foram cumpridos, foi aprovado novo decreto-lei em 2007 que estabelecia como prazo 2017 para as instituições “democratizarem a acessibilidade nos edifícios públicos e na via pública”.

José Reis chamou a atenção para o problema dos edifícios públicos, que continuam a não ser acessíveis, para os passeios, os transportes que não estão adaptados ou estações de metro ou de comboios em que os elevadores não funcionam, o que deixa as pessoas com mobilidade reduzida impedidas de aceder aos meios de transporte.