A notícia é avançada esta quinta-feira pelo jornal Público.

Em entrevista ao diário, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, informa que está a trabalhar com as escolas para identificar as crianças não-vacinadas, aquando das matrículas, para que as autoridades de saúde possam contactar as famílias.

Segundo o jornal, a ideia é dar-lhes informação sobre a importância de vacinar, para poder haver um “processo de co-responsabilização formal dos pais”.

O ministro informa ainda que o Governo deverá avançar com um documento escrito sobre o tema. Não se sabe, para já, quando avança a medida que visa a responsabilização parental, mas poderá ser anunciada oficialmente já hoje uma sessão organizada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para assinalar o Dia da Criança. "Vamos apresentar no dia 1 de junho, Dia Mundial da Criança, um novo modelo de governação do PNV, mas que tem muito mais que ver com fazer ainda melhor aquilo que tem sido uma história de sucesso das últimas décadas", disse o ministro ao referido jornal.

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A ideia vai ao encontro do que é defendido pelo presidente do Colégio de Pediatria da Ordem dos Médicos, que afirma que os pais que decidem não vacinar os filhos devem ser acusados de negligência. Para José Lopes dos Santos, a morte da jovem de 17 anos, que esteve vários dias internada no Hospital Dona Estefânia, deve servir de exemplo e de alerta.

"Sabemos que o sarampo poder ser mortal, a mortalidade pode ir até dois por cada mil casos de sarampo e mesmo os que não morrem podem ter complicações graves. Os pais devem estar alertados e os que por motivos fúteis ou por má informação decidem não vacinar devem refletir e pensar que podem ser responsabilizados", disse o responsável à Renascença em abril.

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