
O bastonário da Ordem dos Médicos alega que está em causa a segurança dos doentes e dos profissionais.
José Manuel Silva recorda que trabalhar 20 horas seguidas corresponde a um grau de alcoolemia e traduz-se numa "violação da capacidade de raciocínio", disse em declarações à Antena 1.
Segundo o Diário de Notícias, o bastonário da Ordem, José Manuel Silva, crê que este problema está a afetar a "maior parte dos hospitais", sendo que os médicos em período de formação são os mais lesados.
"Os internos estão a ser escravizados. Mesmo quando não querem fazer mais do que 12 horas são pressionados e até ostracizados se não o fizerem", garante o responsável.
José Manuel Silva considera que proibir os médicos internos de trabalhar mais de 12 horas seguidas nas urgências é uma "medida de bom senso", que "visa melhorar a qualidade da prestação da qualidade do serviço nas urgências, preservar a saúde dos médicos e dos doentes, reduzindo o risco de se cometerem erros".
A Ordem dos Médicos e o Conselho Nacional do Médico Interno estão a agir neste sentido depois de muitos médicos internos terem enviado queixas sobre o excesso de horas de trabalho.
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