Depois de receber várias queixas na prestação de cuidados de enfermagem, a Ordem dos Enfermeiros (OE) levou a cabo uma investigação independente ao Hospital de São João, no Porto, e detetou várias irregularidades.

A notícia é avançada pela SIC Notícias, com base num relatório da OE a que esta televisão teve acesso.

Segundo este órgão de comunicação, o Conselho de Administração que gere o hospital em causa é acusado de chamar trabalho extraordinário aos turnos programados em horário, o que "é ilegal". Segundo a OE, os enfermeiros não estão, por isso, obrigados a desempenhar estes turnos.

"Enfermeiros exaustos estão sujeitos a um aumento do risco de erro e como tal a um aumento da insegurança dos cuidados prestados diariamente", recorda a OE.

Irregularidades que põem em causa saúde dos doentes

A OE garante ainda ter encontrado situações de segurança em várias unidades. Na unidade de oftalmologia, por exemplo, a enfermeira coordenadora não é especialista e as portas de emergência do serviço estão fechadas a cadeado há três anos.

Já no hospital de dia e na consulta externa, não existem processos físicos dos doentes e por isso as equipas de enfermagem não podem registar o trabalho que desempenham.

A OE defende ainda que o bloco de cirurgias de ambulatório do Serviço de Oftalmologia deveria ser encerrado, uma vez que não existem sanitários no piso do bloco e o material esterilizado se encontra acondicionado nos mesmos espaços físicos que os contentores com resíduos contaminados.

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