"Se investirmos agora (...), temos uma hipótese realista de interromper esta epidemia", disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma conferência de imprensa em Genebra.

Este médico também anunciou que, de agora em diante, o novo coronavírus será chamado de COVID-19, que substituirá o nome provisório estabelecido anteriormente "2019-nCoV". O novo nome foi escolhido por ser "fácil de pronunciar", mas sem referência "estigmatizante" a um país, ou população, em particular.

Tedros Adhanom explicou que "CO" significa corona, "VI" é vírus, e que "D" foi escolhido por "doença". O número 19 indica o ano de sua aparição (2019).

Cerca de 400 cientistas de todo mundo iniciaram uma reunião de dois dias esta terça-feira para intensificar a luta contra a doença.

Na abertura da conferência, Tedros descreveu a epidemia como "uma ameaça muito séria", exortando os países e cientistas a intensificar os esforços e a coordenação para superá-la.

O médico também observou que "o vírus pode ter consequências mais poderosas do que qualquer ato terrorista".

Mais de 42.600 pessoas foram infetadas na China continental e pelo menos 1.016 delas morreram.

Fora da China continental, o vírus matou duas pessoas (uma nas Filipinas e uma em Hong Kong) e mais de 400 casos foram confirmados em cerca de 30 países e territórios.

O chefe da OMS também expressou o medo de ver a epidemia espalhar-se para países com meios de saúde frágeis. "Se o vírus entrar num sistema de saúde mais fraco, pode causar o caos", advertiu.