O novo medicamento da farmacêutica portuguesa BIAL, aprovado em junho pela Comissão Europeia, reduz o período de profunda imobilidade (OFF-time) dos doentes com Parkinson. A Alemanha e o Reino Unido são os primeiros países a comercializar o fármaco. "O novo medicamento deverá chegar no próximo ano a outros mercados europeus, incluindo em Portugal", refere a BIAL em comunicado.

"Os estudos realizados mostram que Ongentys representa uma nova opção de tratamento, segura e eficaz, e com a vantagem de ser de uma só toma diária, como terapêutica adjuvante em pacientes adultos com doença de Parkinson e flutuações motoras que não estão controlados com outras terapêuticas", refere António Portela, presidente da BIAL. "Estamos muito satisfeitos por este novo medicamento estar já disponível na Alemanha e no Reino Unido, países onde abrimos recentemente filiais", diz.

A BIAL abriu em 2015 filiais em Frankfurt e em Londres. Na Alemanha, a farmacêutica conta já com uma equipa de 40 pessoas e de 15 no Reino Unido, essencialmente equipas de vendas e gestores médicos.

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"É o resultado de um forte e longo esforço do nosso laboratório na investigação científica na área das neurociências. Este novo medicamento reflete a nossa aposta em investigação e desenvolvimento, o nosso projeto de internacionalização e, naturalmente, o concretizar da nossa missão de procurar soluções para os problemas de saúde das pessoas em todo o mundo", acrescenta António Portela.

A Associação Europeia da Doença de Parkinson (EPDA) estima que 1,2 milhões de pessoas na União Europeia sofrem da doença de Parkinson, incluindo 22 mil portugueses.

Descrita pela primeira vez em 1817, a doença de Parkinson é altamente incapacitante e afeta as faculdades motoras dos seus portadores.