19 de abril de 2013 - 10h26
Uma nova forma de psicoterapia, a terapia Sintónica, criada e desenvolvida em Portugal, que visa reduzir o stress interno dos pacientes, é apresentada no domingo num congresso que decorre na Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
O criador da Terapia Sintónica, o psicólogo Carlos Fugas, explicou hoje à agência Lusa, que esta técnica, desenvolvida ao longo dos últimos quatro anos “com resultados muito positivos”, passa pelo “reconhecimento da existência do stress interno” do doente.
O psicólogo, com mais de 30 anos de prática, sobretudo nas áreas de tratamento da toxicodependência e terapia familiar, referiu que esta nova forma de psicoterapia ajuda a “baixar esse stress, a acalmar internamente”.
Carlos Fugas explicou que na Terapia Sintónica são utilizadas técnicas como a estimulação e o pensamento simbólico, para revelar stress que não é observável do exterior, através do desbloqueio de emoções.
“Cada vez mais há na sociedade situações em que comunidades são chocadas por pessoas que praticam atos imprevisíveis”, lembrou o psicólogo, referindo que “há stress interno e que é preciso criar tecnologia para baixá-lo”.
Trata-se, segundo especificou, de pessoas que aprendem a camuflar o stress interno, que, com a Terapia Sintónica, irão conseguir “fazer emergir partes do mundo interno que estão submersas”.
A aplicação da técnica tem sido feita em doentes da comunidade terapêutica Lugar da Manhã, em Setúbal, e Carlos Fugas, que é um dos seus dirigentes e fundador, garante que “os resultados são muito favoráveis, principalmente em pacientes com duplo diagnóstico”.
Apesar de “não haver estatisictas definidas”, o psicólogo garantiu que doentes com psicoses associadas a problemas de drogas têm tido “melhorias muito significativas”.
No congresso de domingo, que decorre no auditório da Faculdade de Farmácia, em Lisboa, a partir das 09:30, será apresentada uma coletânea de textos que explicam os conceitos da Terapia Sintónica e haverá intervenções de psiquiatras, psicólogos, pacientes e familiares destes, sendo que alguns doentes farão descrições do processo.
Lusa