O canakinumab diminui a inflamação que provoca o entupimento de artérias e retrai o risco de ataque cardíaco, assim como a formação de alguns tipo de cancro. A descoberta está a ser apelidada pelos investigadores como o maior avanço na farmacologia dos últimos anos, desde a criação das estatinas, os medicamentos usados para controlar o colesterol no sangue.

Este poderoso antiflamatório mostrou-se eficaz durante um ensaio científico cujo estudo foi publicado no The New England Journal of Medicine.

Neste estudo, o canakinumab mostrou-se eficaz a reduzir em 15% o risco de ataque cardíaco e em 50% a probabilidade de morrer de um tumor maligno.

O canakinumab é administrado por injeção a cada três meses e funciona de maneira diferente do tratamento convencional, segundo o estudo liderado pelo hospital Brigham and Woman, em Boston, com dez mil doentes e mil médicos de 39 países.

Este fármaco é um anticorpo que ataca uma proteína do sistema imunitário chamada interleucina-1, que em níveis elevados provoca processos inflamatórios no corpo. "Pela primeira vez, fomos capazes de mostrar claramente que reduzir a inflamação, independentemente do colesterol, reduz o risco cardiovascular", explica Paul Ridker, um dos investigadores da referida instituição de ensino.

O efeito anti-cancerígeno do fármaco também entusiasmou os investigadores, apesar não possa impedir o aparecimento de cancro. O que  mas sim que possa diminuir o seu crescimento. Neste aspeto, no entanto, serão necessários novos estudos, uma vez que este ensaio não foi concebido especificamente para testar os efeitos do medicamento nos tumores.

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