Este caso não resolvido espalhou pânico entre os americanos e levou as empresas farmacêuticas a lacrarem as embalagens de medicamentos vendidos sem receita.

James Lewis foi encontrado inconsciente em sua casa no domingo e declarado morto pouco depois, disse a polícia num comunicado divulgado esta semana. "Depois de uma investigação, determinou-se que a morte de Lewis não era suspeita", declarou a polícia.

Embora ninguém tenha sido acusado dos assassinatos de Chicago, Lewis foi condenado a 12 anos de prisão por extorsão, depois de enviar uma carta ao fabricante Johnson & Johnson, exigindo 1 milhão de dólares para "parar o massacre". Foi libertado em 1995 e negou sempre estar por trás dos assassinatos.

De uso muito comum, os comprimidos para dor de cabeça e febre Tylenol foram misturados com cianeto e reintroduzidos em recipientes que foram vendidos em farmácias na área de Chicago. Sete pessoas, incluindo uma criança e três membros de uma família, morreram depois de engolir um único comprimido cada.

Os assassinatos chocaram os Estados Unidos. Lojas de todo o país rapidamente retiraram o Tylenol das suas prateleiras.

A investigação, que envolveu mais de 100 agentes da polícia, resultou num relatório de 20.000 páginas, apesar de não haver cena do crime, nem motivação.

Desde então, todos os medicamentos são embalados em recipientes hermeticamente fechados, com advertências que desaconselham o uso de produtos adulterados.

Em 2009, o FBI (a Polícia Federal americana) reabriu a investigação à luz dos "recentes avanços na tecnologia forense", mas sem resultados conhecidos até ao momento.