“Não tenho dúvida nenhuma que, como todo os anos, haverá resposta do Serviço Nacional de Saúde, como tem havido uma resposta exemplar durante estes anos de crise, face ao esforço dos profissionais, que se têm desmultiplicado e, portanto, que darão reposta também”, afirmou Macedo.

O ministro Paulo Macedo fez estas declarações à margem da apresentação do Governo português na contribuição de um laboratório móvel para despistagem do Ébola para a Guiné-Bissau, numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, em Lisboa.

Escalas de urgência sem médicos

Segundo o jornal Diário de Notícias, na sua edição de quinta-feira, pelo menos 12 hospitais não têm médicos suficientes para preencher as escalas de urgência do período do Natal e Ano Novo.

Médicos de várias especialidades estariam a ser contactados para o preenchimento de turnos neste período festivo.

De acordo com o jornal, os médicos dos hospitais recusam-se a fazer mais horas extras do que as legalmente permitidas, e as unidades hospitalares admitem que têm de recorrer às empresas, culpando-as por não terem capacidade de recrutamento de pessoal para as escalas, apesar de terem ganhado os concursos previstos.

“O que sabemos, é que, no final de ano, temos sempre, todos os anos, sem exceção [uma maior dificuldade], quer por motivos de férias, quer porque houve um número de horas extraordinárias utilizadas durante o ano que chega ou às vezes ultrapassa as 200 horas, que estão estipuladas”, referiu ainda Paulo Macedo.

Alguns dos hospitais que têm ainda estas escalas por preencher são Caldas da Rainha, Torres Vedras, Barcelos, Ovar, Garcia de Orta, Santa Cruz e Egas Moniz.

Paulo Macedo disse ainda que “anteontem [quarta-feira], foi divulgada a abertura do internato médico para mais de 1.640 médicos” e que serão contratados “mais de 1.700 médicos daqui a 15 dias”.