Segundo o presidente da comissão de saúde pública do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), “um problema ou buraco informático” dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) está a tornar impossível saber exatamente quantas pessoas estão vacinadas e com que vacinas.

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Em declarações à agência Lusa, Nuno Rodrigues explicou que o programa que desmaterializou os boletins de vacinas tem “um problema grave” que faz com que duas pesquisas sobre o estado vacinal da mesma pessoa deem resultados diferentes.

Não houve falha informática

Contactada pela Lusa, fonte oficial dos SPMS "nega qualquer falha informática no processo de registo de vacinas em 2017", indicando que o registo foi "fortemente ampliado com registos integrados de vacinas administradas em farmácias e vacinas do viajante".

"Estamos a trabalhar, como habitualmente, com a Direção-geral da Saúde com vista ao relatório anual, que é realizado durante o primeiro trimestre de cada ano", acrescenta a resposta escrita enviada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Mas a questão levou o Sindicato Independente dos Médicos a emitir uma nota no seu site na internet. “Não conseguimos perceber qual a informação verdadeira [dada pelo sistema informático]. Só no agrupamento de centros de saúde em que trabalho são cerca de 36 mil crianças e jovens dos quais não conseguimos apurar o estado vacinal”, afirmou o médico e dirigente do SIM Nuno Rodrigues à Lusa.

O responsável explicou ainda que os médicos fazem uma avaliação regular dos doentes vacinados, que fica assim posta em causa com este problema informático.