O Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos alerta para as "enormes dificuldades" que podem ser criadas pelo protesto dos enfermeiros especialistas e apelou ao governo para clarificar com urgência de que forma vai resolver a situação.

Em declarações ao Diário de Notícias, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, afirma que "era importante que o acordo entre as partes fosse celebrado o mais rapidamente possível".

O responsável acredita que a situação pode ser ser resolvida "ainda nesta semana", no decorrer de várias reuniões. "Quero que fique claro que as grávidas podem ficar descansadas, pois iremos continuar a dar uma resposta positiva", afirmou o bastonário.

O bastonário frisou ainda que, até agora, a resposta ao problema tem sido feita com o "reforço das equipas médicas, ainda que destacar médicos para funções adicionais seja difícil em alguns casos, como no interior" do país.

Reunião dos diretores de serviço

Após uma reunião na terça-feira com os diretores de serviço de obstetrícia do sul do país, o Conselho Regional da Ordem diz que os problemas decorrentes do protesto dos enfermeiros de saúde materna e obstetrícia só têm sido resolvidos com esforço de outros profissionais, como médicos e enfermeiros generalistas.

"As escalas têm sido garantidas com maior desgaste de outros profissionais, numa disponibilidade que não é sustentável num período indefinido de tempo", afirma o Conselho Regional do Sul numa nota de imprensa.

As equipas estão "no limite das necessidades correntes" e a "manutenção de situações como as atuais irá criar enormes dificuldades a médio prazo".

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