O Centro Hospitalar de Setúbal vai agora abrir um inquérito à primeira morte, mas não à segunda, escreve a edição impressa desta terça-feira do Jornal de Notícias.

A primeira doente deu entrada, pela segunda vez, no referido hospital a 29 de dezembro depois de se ter queixado de fortes dores de cabeça. Da primeira vez, receitaram-lhe comprimidos para os ouvidos, mas as dores não passaram.

Maria Rosário regressou à unidade hospitalar, fez análises e os resultados foram enviados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.

De acordo com o jornal, o mesmo hospital deu indicações para não enviarem para lá a paciente. A mulher acabou por morrer.

Já Manuel Gomes Fernando morreu a 30 de dezembro, depois de se ter queixado de dores fortes na perna esquerda. No Hospital de Setúbal recebeu pulseira laranja. A dor entretanto estendeu-se: passou para a coluna e depois para o peito, causando-lhe uma paragem cardíaca e a morte.

A mulher, Maria Rodrigues Soares, assegura que o médico que atendeu o seu marido "chegou a dizer-lhe que uma dor na perna não mata”, cita o referido diário.

Hoje também é notícia que a falta de camas de internamento estão a levar hospitais a reencaminhar os doentes para unidades com maior capacidade de resposta. Há hospitais em rutura com doentes 12 horas à espera nas urgências.