A abertura do encontro, que decorrerá nos Paços do Concelho, ficará a cargo do presidente da Câmara, Fernando Medina, e do vereador dos Direitos Sociais, João Afonso. A manhã será preenchida com duas mesas redondas, que se debruçarão sobre experiências internacionais e de vida.

O primeiro debate contará com representantes do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, dos Médicos do Mundo, da Glenwood Residence (residência no Minnesota, Estados Unidos da América) e também do Correlation Network - European Network Social Inclusion and Health (rede de apoio sediada em Amesterdão, na Holanda).

Segundo João Afonso, este painel permitirá traçar um "retrato a nível europeu e mundial de quais as metodologias e abordagens seguidas" neste campo.

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Na segunda mesa redonda será possível ouvir João Goulão, coordenador do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, Fátima Ismail, psiquiatra do Núcleo de Estudos e Tratamento do Etilo-risco do Hospital de Santa Maria, e Zé Pedro, músico da banda Xutos e Pontapés.

Promoção do debate

"Partimos com atores privilegiados para ouvir o que se faz, o que está a acontecer e o que aconteceu, [partimos] com quem trabalha no terreno", afirmou o vereador à Lusa.

"O que estamos a fazer é começar a dar resposta ao compromisso assumido na recomendação da Assembleia Municipal para promover o debate e ouvir os parceiros sobre questões do consumo e dos comportamentos aditivos", frisou.

A 16 de fevereiro, os deputados municipais aprovaram uma recomendação do BE para que o município realizasse "uma consulta devida às entidades envolvidas e à sociedade civil" sobre medidas a adotar.

A tarde do dia 04 será composta de um "conjunto de ‘workshops' que funcionarão em paralelo e rotativamente", debruçados sobre três temas: "intervenção, prevenção e informação", adiantou João Afonso à Lusa.

"Estes grupos de trabalho vão fazer uma síntese do trabalho efetuado ao longo da tarde e serão depois apresentadas as conclusões no final", referiu o autarca, contributos que o município terá em conta quando decidir "a médio prazo sobre a estratégia e linha de ação" a seguir.

As conclusões da conferência irão também contribuir para um conhecimento de quais os programas que podem ser estabelecidos" em Lisboa, observou João Afonso, considerando que este “é um momento que será utilizado para completar outros estudos que já existem".

"Não vamos começar do zero, mas também não vamos fazer a revolução", uma vez que "já há trabalho a ser feito", ressalvou.

Apesar de a entrada ser livre, está condicionada a inscrição prévia mediante confirmação, através do e-mail vulnerabilidades@cm-lisboa.pt ou do telefone 217 989 443, até 28 de outubro, sexta-feira.

Quanto a ações futuras, o responsável dos Direitos Sociais do município considerou que estão em cima da mesa "outras iniciativas, com outros formatos, e outros âmbitos mais específicos e localizados".