Amanda McLaughlin vive desde os 13 anos com o distúrbio de excitação genital persistente, uma doença rara que a deixa desesperada por atingir o orgasmo. A patologia pode afetar mulheres de todas as idades e causa dores intensas nas pernas e pélvis ao ponto de a paralisarem. Por causa da doença, Amanda McLaughlin não consegue trabalhar.

"A minha família achava que ela era uma depravada sexual. Achava que ela era hipocondríaca e que era tudo uma invenção. Hoje em dia culpo-me por não ter acreditado na palavra dela", recorda a mãe da jovem à BBC.

"Não é divertido estar excitada sempre. Se fosse um homem, quem quereria estar com uma ereção constante, o dia todo?", exemplifica Amanda McLaughlin que refere que o seu noivo, Jojo, é o seu grande apoio.

"Às vezes tenho que lhe implorar para termos sexo, porque fico cheia de dores. As relações são muito difíceis de manter com esta doença, mas o Jojo e eu estamos juntos há mais de um ano e ele nunca me julgou. A nossa vida sexual é muito afetada, há quem pense que basta fazer sexo uma vez e passa, mas não é assim. Às vezes choro com dores por causa da pressão que sinto nos genitais", revela.

Antes de ser diagnosticada com o distúrbio, os médicos achavam que Amanda era viciada em sexo, mas os sintomas agravaram-se e, depois de começar a sofrer ataques de pânico, a mulher ficou finalmente a saber o que a afetava, em 2013.  Hoje em dia toma mais de 30 medicamentos por dia.

A jovem está a ser tratada nos Estados Unidos. "Como é uma doença rara, tem havido pouca ou nenhuma investigação quanto às suas causas. Nós suspeitamos que haja uma série de fatores relacionados. Não temos, para já uma cura, mas desenvolvemos uma série de tratamentos que ajudam a aliviar os sintomas", adianta Priyanka Gupta, professora do departamento de neurologia da Universidade do Michigan.

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