O Instituto Português de Oncologia do Porto vai começar a revistar malas, sacos e até carros de doentes, utentes e funcionários, de forma a evitar o roubo de bens. Quase todas as unidades reportam casos de roubo de equipamentos, material clínico e também de bens pessoais de doentes e médicos. A notícia é avançada pela edição impressa desta quarta-feira do Diário de Notícias.

Segundo uma norma aprovada no final do ano intitulada "Procedimento de Controlo de bens do IPO do Porto", publicado num boletim informativo destinado aos profissionais. estão previstas operações de controlo "frequentes".

Maria Merlinde Madureira, da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), diz que a norma é invulgar. "A forma como será feito o controlo não faz sentido e não é muito elegante", cita o referido diário.

Segundo escreve o jornal, o IPO do Porto minimiza o impacto da ação, que surge no âmbito de uma auditoria de qualidade e refere que o mesmo é "comum a outras unidades hospitalares e (...) empresas privadas".

Todos os utilizadores das instalações do IPO do Porto terão de se sujeitar a estas fiscalizações, sejam funcionários, doentes, visitantes e outros utilizadores. Se recusarem o controlo, poderá ser chamada a Polícia de Segurança Pública (PSP) para o fazer.