A iniciativa, que se realiza na clínica de cabeça e pescoço do IPO entre as 11:00 e as 14:00, é essencialmente dedicada aos utentes com fatores de risco ou sintomas como nariz entupido ou hemorragia nasal, úlceras e/ou manchas brancas ou vermelhas na boca, dor de garganta, rouquidão persistentes ou nódulos do pescoço há mais de três semanas, disse esta terça-feira à Lusa fonte do instituto.

Além disso, durante a semana, o IPO vai proporcionar um curso de formação intensiva para profissionais de saúde primária, entre eles médicos de família, dentistas e enfermeiros.

“Cerca de 10 profissionais de saúde primária vão integrar a equipa multidisciplinar de cabeça e pescoço do IPO-Porto, observando e absorvendo a complementaridade de métodos terapêuticos distintos”, afirmou a fonte.

Em Portugal, há cerca de 2.500 novos casos da doença, 85% dos quais em fumadores ou ex-fumadores com taxas de incidência e mortalidade das mais elevadas da Europa, revelou.

A fonte adiantou que a doença atinge principalmente fumadores e pessoas que consomem excessivamente álcool. Contudo, existe um número crescente de casos associados a outros fatores de risco como a infeção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV).

O consumo de álcool e tabaco são ainda os principais fatores de risco do cancro da cavidade oral, laringe, orofaringe e hipofaringe que representam 75% do carcinoma da cabeça e pescoço, revelou.

“Quando chegam ao instituto, muitos doentes já estão em estado avançado da doença, o que representa um indício claro de falta de informação e de desconhecimento na identificação dos sinais de alerta”, explicou à Lusa o coordenador da Clínica de Cabeça e Pescoço do IPO-Porto, Jorge Guimarães.

O médico frisou que o diagnóstico precoce é fundamental porque numa fase inicial o tratamento deste cancro tem uma taxa de sucesso de 80%.

Para Jorge Guimarães estes rastreios são “importantíssimos”, sublinhando que o curso dirigido aos profissionais de saúde é uma “iniciativa inédita e inovadora” porque desafia-os a conhecerem a realidade do instituto, do modelo de consulta de grupo multidisciplinar e o processo de diagnóstico e terapêutico subjacente.

“Mas, acima de tudo, permite construir pontes, estabelecer laços e contactos que facilitam o diagnóstico precoce e a referenciação para um centro oncológico credenciado", considerou.

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