No Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto estão instaladas 350 camas, mas são cada vez mais as pessoas que esperam por uma cirurgia.

A falta de camas tem obrigado os responsáveis pela instituição de saúde a adiar as operações. Os doentes mais afetados, segundo noticia a RTP, são os que sofrem de tumores na mama, próstata e aparelho digestivo.

Também a área da reconstrução mamária está com atrasos e a espera pela cirurgia pode ir até aos quatro anos.

Em declarações à estação pública, Laranja Pontes, presidente do conselho de administração do IPO do Porto, admite que as longas esperas se devem a restrições orçamentais. "Não abro mais camas porque não tenho condições para isso", admite.

"Temos mais doentes acumulados em situações paliativas ou em complicações pós-cirúrgicas, o que leva a que haja falta de camas. Por isso temos de adiar alguns doentes por uns dias", disse ao canal público o presidente do Conselho de Administração do IPO Porto.

Para minorar o problema das listas de espera para cirurgias, já foram retiradas camas aos cuidados paliativos.

"Temos cerca de 600 doentes inscritos nesta área. Não há muitas instituições interessadas em fazer este tipo de cirurgia", explicou o responsável pela instituição, frisando que "outros hospitais têm de assumir responsabilidades, recebendo alguns doentes, numa rede colaborativa2, como os hospitais de S. João e Gaia.