Investigadora recebe bolsa para estudar reação do cérebro à dor crónica
créditos: FMUP

Joana Barroso, aluna do doutoramento em Neurociências da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e investigadora do i3S (Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade), acaba de conquistar uma bolsa de investigação para estudar a dor crónica.

No valor de 10 mil euros, a bolsa atribuída pela Fundação Grünenthal permitirá dar continuidade a um trabalho que visa, através de ressonâncias magnéticas, estudar os circuitos cerebrais de doentes com dor crónica e a forma como estes se relacionam com a dor.

“A dor crónica é uma condição que, em Portugal, afeta cerca de 30% da população. É comum que mesmo depois de uma intervenção, que à partida resolveria a patologia, o doente continue a sentir dor. Atualmente acreditamos que o cérebro não só se adapta à dor crónica como também são as suas características individuais que influenciam o desenvolvimento da mesma” explica a Joana Barroso.

“Queremos explorar de que forma esta condição está ligada ao cérebro para, assim, melhorar não só o diagnóstico, mas também o tratamento de problemas de dor crónica”, acrescenta.

No estudo distinguido, a investigadora está a trabalhar com pacientes que sofrem de dor associada a artrose do joelho.

Deste modo, através de um acompanhamento frequente e de várias ressonâncias magnéticas, é possível avaliar o comportamento do sistema nervoso central antes e após a intervenção cirúrgica. Este projeto está a ser desenvolvido em parceria com a o serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar São João, a Feinberg School of Medicine, em Chicago, e o Centro de Imagem - SMIC Boavista.