O Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (IMLCF) está desde há algum tempo a ser investigado pela Inspeção-Geral dos Serviços de Justiça, na sequência de uma queixa apresentada por uma funcionária.

De acordo com a estação de televisão TVI, a qualidade das autópsias, dos relatórios e dos exames das vítimas de abuso sexual estão comprometidos devido ao excesso de trabalho no IMLCF e À falta de pessoal.

Em nota à imprensa, o ministério revela que acaba de dar luz verde a "nova e mais ampla ação inspetiva" ao funcionamento do instituto, a pedido dos próprios dirigentes.

O ministério afirma ainda que está empenhado na resolução de problemas já identificados no IMLCF, como a falta de recursos humanos, e na admissão de novos médicos internos.

Numa reportagem da TVI difundida esta semana, vários trabalhadores não identificados puseram em causa a qualidade das autópsias e das perícias efetuadas no instituto, devido à falta de recursos humanos e técnicos e às deficientes condições de trabalho.

Alguns funcionários afirmam que há médicos a fazer cinco autópsias por dia e que vários destes exames seriam realizados em meia hora.

A reportagem da TVI dá ainda conta de um clima de " medo, terror psicológico e de perseguição" dentro da instituição.