“O INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) pede à população portuguesa para que continue a confiar na instituição, como sempre fez, na certeza de que se procurará manter o socorro e a emergência médica no patamar de grande qualidade”, refere o instituto num comunicado lançado na segunda-feira ao final do dia.

O Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE) confirmou hoje a realização de uma greve às horas extraordinárias a partir das 00h00 de quarta-feira, por tempo indeterminado, depois de não terem havido desenvolvimentos concretos da melhoria das condições de trabalho desde do passado dia 08, quando esteve reunido com o Governo.

“O INEM recorrerá a todos os meios legais ao seu alcance para obstar a que qualquer situação de emergência fique por atender”, garantiu a instituição, agradecendo aos colaboradores que têm contribuído para que o serviço “nunca fosse posto em causa”.

No comunicado, o INEM destaca também o “esforço e competência dos profissionais” das equipas que prestaram socorro e emergência médica às vítimas dos dois acidentes com autocarros, registados a semana passada no Algarve e no Alentejo.

Entretanto, o Ministério da Saúde decidiu adiar sem nova data a reunião de negociação sindical com os técnicos de ambulância de emergência, em reposta à decisão de manter a greve às horas extraordinárias a partir das 00:00 de quarta-feira.

“O gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde (…) informa que a segunda reunião de negociação sindical prevista para ocorrer com o Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência (STAE) no dia 7 de julho fica adiada ‘sine die’.

Em declarações hoje à agência Lusa, Pedro Moreira, da direção do STAE, disse que foi decidido em plenário de trabalhadores manter a greve às horas extraordinárias a partir das 00:00 de quarta-feira, por considerarem que “não houve desenvolvimentos concretos da melhoria das condições de trabalho dos trabalhadores”.

Segundo um comunicado do Ministério da Saúde hoje divulgado, as negociações já iniciadas para a criação de uma carreira específica para os técnicos de emergência serão retomadas com o Sindicato quando a greve for suspensa.

Na nota, o Ministério adianta que o dispositivo de resposta à greve “será mantido e eventualmente adaptado, se as circunstâncias o exigirem, para que o socorro à população nunca seja colocado em causa”.

Adianta ainda que “a larga maioria” dos técnicos de emergência do INEM tem tido “um comportamento irrepreensível”, merecendo “público louvor” a resposta rápida e adequada aos acidentes rodoviários dos últimos dias no sul de Portugal.