Fonte do Hospital Fernando da Fonseca, na Amadora, referiu que o diretor clínico, o médico gastroenterologista Nuno Alves, apresentou a demissão do cargo, estando previsto para quarta-feira o anúncio da nova direção clínica da unidade hospitalar.

Além da renúncia de Nuno Alves, 28 dos 33 diretores de serviço pediram a demissão, estando previsto que na quarta-feira se reúnam com o conselho de Administração do hospital.

Os diretores de serviço demissionários explicaram as razões da tomada de posição numa carta enviada ao conselho de administração.

De acordo com a TVI, que hoje avançou com a notícia da demissão dos diretores de serviço, a carta foi também enviada ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, e ao bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva.

Situação preocupante

Todos os profissionais demissionário são unânimes em considerar que a situação é "preocupante", tanto ao nível da degradação das condições de trabalho, como do serviço prestado aos doentes.

Este é o segundo hospital a registar uma demissão em bloco em três semanas. Também no Garcia de Horta, quase no final de janeiro, a chefia da equipa de urgência bateu com a porta. Só veio a recuar quando o ministro da Saúde anunciou mais camas e médicos para aquele serviço.

Agora, os colegas do Amadora-Sintra, da urgência e de outos serviços, argumentam com "progressiva degradação da capacidade de resposta às adversidades e uma diminuição preocupante da qualidade assistencia" para fazerem o mesmo, cita a TVI.

"A saída preocupante de recursos humanos qualificados que não foram substituídos, a "notória a incapacidade de contratação", a "ausência de resposta em especialidades fundamentais", como a anestesia e os "problemas do serviço de urgência", entre outras, estão entre os motivos mencionados na carta (pode ler a versão integral da carta no link em cima).