Parece que afinal não são só os telemóveis que andam a explodir e a colocar a vida das pessoas em risco. Andrew Hall é a mais recente vítima de uma explosão causada por um cigarro eletrónico. De manhã, enquanto se preparava para ir trabalhar, o homem de 30 anos ficou sem sete dentes e com vários estilhaços de vidro e plástico incrustados na boca na sequência do incidente.

O homem, psicólogo de profissão, foi levado para a unidade de cuidados intensivos de um hospital no Idaho depois do apetrecho explodir junto ao rosto enquanto estava na casa de banho.

"Fumo disto há mais de um ano e garanto-vos que, antes da explosão, nada estava incorreto. A bateria estava carregada e tinha sido posta na loja onde comprei o vaper, mas simplesmente rebentou na minha cara", escreveu Andrew no Facebook numa publicação colocada online juntamente com as fotografias.

Além dos ferimentos que sofreu, a casa de banho de Andrew Hall ficou parcialmente destruída com o impacto da explosão. Nas imagens é possível ver o lavatório partido.

Tabaco eletrónico menos perigoso?

Entrevistado pelo jornal britânico "Mirror", Peter Weissberg, professor e diretor médico da Fundação Britânica do Coração, revela que os "resultados mostram que os cigarros eletrónicos têm efeitos semelhantes [na saúde] em comparação com o tabaco regular, atuando da mesma forma nos vasos sanguíneos do organismo".

Por outro lado, os cigarros eletrónicos contêm dez vezes mais agentes cancerígenos do que o tabaco convencional segundo uma investigação japonesa entregue ao governo de Tóquio em meados de 2014.

O ministério japonês da Saúde encomendou o estudo a uma equipa de investigadores que analisou o vapor produzido pelos cigarros electrónicos e descobriu concentrações de "Formol" gasoso dez vezes superiores às existentes nos cigarros convencionais. Esta substância é uma das responsáveis pelo aparecimento de cancro no aparelho respiratório.

Lurdes Barradas, diretora do Serviço de Pneumologia do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, recorda que os estudos indicam "que estes cigarros também podem provocar cancro, pois contêm substâncias carcinogénicas", mas também outras doenças perigosas como as pneumonias lipoides. Também o médico Manuel António da Silva, responsável do mesmo IPO, diz que as substâncias já detetadas nestes cigarros "provocam alterações celulares graves que podem originar cancro".

Já um estudo citado da Universidade de Harvard pela DECO indica que vários tipos de cigarros eletrónicos à venda contêm substâncias aromatizantes que têm sido associadas a doenças respiratórias graves.

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