O novo dispositivo tem “vantagens para a saúde pública”, reduzindo, designadamente, o risco de infeção (diminui o número de manipulações), aumentando o conforto e bem-estar dos pacientes (sujeitos a menor número de procedimentos de injeção) e baixando a possibilidade de erro humano na administração de agentes terapêuticos, afirma a ESEnfC.

A seringa, cuja ideia partiu de estudantes e docentes deste estabelecimento de ensino, vai ser desenvolvida pelo consórcio integrado pela empresa de indústria de plásticos Muroplás, do Porto, pela ESEnfC e pelo Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), da Universidade do Minho, com apoios comunitários da ordem de meio milhão de euros.

Denominado ‘seringa DUO’, o novo dispositivo médico “tem potencial para revolucionar a enfermagem hospitalar”, permitindo “o carregamento e a administração endovenosa sequencial de dois fluidos diferentes – fármaco e solução para limpeza do cateter – sem que haja necessidade de troca de seringas”, sublinha a ESEnfC.

“Entre as vantagens para a saúde pública resultantes do uso da ‘seringa DUO’ contam-se a redução do risco de infeção, através da diminuição do número de manipulações, o aumento do conforto e bem-estar dos pacientes (sujeitos a menor número de procedimentos de injeção) e a redução da possibilidade de erro humano na administração de agentes terapêuticos”, sustenta a Escola, na mesma nota.

Maior sustentabilidade

Acrescem, além disso, “benefícios económicos para as instituições de saúde (menos seringas utilizadas e menor tempo disponibilizado pelos profissionais), com a consequente minimização dos custos associados ao tratamento dos doentes, além da redução do volume de resíduos hospitalares”, acrescenta.

O projeto é cofinanciado pelo programa COMPETE 2020, no âmbito do Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, na vertente de copromoção, com um incentivo do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), no valor de cerca de 516 mil euros, para um investimento elegível de 718 mil euros.

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