Em declarações à agência Lusa, Francisco George mostrou-se preocupado com “a eventualidade da ausência de cuidados de enfermagem durante o período mais importante da vida, que é o nascimento”.

“Apelo de uma forma muito clara, em nome dos interesses de mães, das crianças, do interesse público, a consensos, à responsabilidade. E gostaria que os enfermeiros de ora em diante olhassem para as questões das valorizações das respetivas carreiras sem ameaçarem nem colocarem em risco o trabalho tão importante que é o nascimento de uma criança”, declarou o diretor-geral da Saúde.

Para Francisco George é “absolutamente essencial” que as grávidas, as parturientes e as crianças “tenham todos os cuidados especializados”, que foram responsáveis por colocar Portugal “num lugar cimeiro a nível mundial” quanto aos indicadores de saúde materno-infantil.

Os enfermeiros de saúde materna e obstetrícia reclamam o pagamento pela sua especialização, pela qual ainda não são remunerados, estando, pela segunda vez, a realizar um protesto que passa por não cumprirem as suas funções especializadas.

Este protesto afeta blocos de parto e outro tipo de serviços ou assistência a grávidas.

O primeiro protesto dos enfermeiros de saúde materna e obstetrícia ocorreu em julho, tendo sido interrompido para negociações com o Ministério da Saúde. Entretanto, os enfermeiros voltaram ao protesto há duas semanas por considerarem que o Governo não apresentava contrapropostas nem estava numa negociação séria.