A forma como falamos pode servir para avaliar os níveis da depressão e também a resposta do paciente ao tratamento, segundo o estudo realizado entre a Universidade de Melbourne e o Centro de Análise Psicológica (Center for Psychological Consultation, em inglês), de Wisconsin, EUA.

A palpitante descoberta deste estudo passa pelo facto da depressão poder ser monitorizada pelo telefone através da observação das alterações na fala dos pacientes. Adam Vogel, investigador responsável pela Unidade de Neurociência da Fala (Speech Neuroscience Unit, em inglês), da Universidade de Melbourne, disse que a fala é um forte indicador da nossa saúde cerebral e as alterações na forma como nós soamos reflete a forma como o cérebro está a funcionar.

“A fala nas pessoas com depressão altera quando eles respondem ao tratamento, tornando-se mais rápida com menos pausas. As pessoas com depressões mais profundas produzem pausas mais longas e têm uma percentagem de fala mais lenta”, afirma o especialista.

Os pacientes foram convidados para ligarem para um sistema telefónico automatizado e deixar amostras da sua fala, tal como dizerem como se sentem, ler a passagem de um texto e recitarem o alfabeto.

Para James Mundt, outro investigador do Centro de Análise Psicológica de Wisconsin, “isto oferece uma grande flexibilidade ao tratamento uma vez que agora podemos analisar os pacientes remotamente, observando os seus padrões de fala, mesmo que estes vivam em locais remotos e rurais”.

O estudo publicado no Jornal Biological Psychiatry foi, até à data, a maior investigação realizada, ao nível global, no campo da relação entre fala e depressão.

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24 de agosto de 2012

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