15 de janeiro de 2013 - 10h11 
A conhecida feira tecnológica CES levou mais uma vez até Los Angeles as últimas novidades do "mundo geek", mas este ano com atenções reforçadas na área da saúde. Do garfo que avisa que está a comer rápido demais, ao adesivo que monitoriza os sinais do corpo humano, milhares de artigos captaram a atenção dos visitantes.
O Consumer Electronics Show (CES) conduz a Las Vegas mais de 100 mil profissionais todos os anos, naquela que é a verdadeira cornucópia da tecnologia.  A feira, que decorreu entre os dias 8 e 11 de janeiro, teve este ano um quarto dos produtos dedicados à saúde e condição física, na tentativa de vender a ideia de que a tecnologia pode ser chave para o bem-estar corporal e psicológico. 
As aplicações e acessórios dão dicas para perder peso, ganhar massa muscular, comer bem e prevenir doenças, apesar dos “geeks” nem sempre mostrarem grande preocupação com a saúde e aspeto físico. Mas uma das tendências é a “gamificação” – variante da palavra inglesa Game, que em português significa jogo, e que se baseia na crescente oferta de jogos que atribuem pontuações a quem conseguir manter o corpo mais saudável.
A empresa francesa Hapilabs apresentou um garfo amigo do consumidor. “Tem um sensor que controla a velocidade com que se come", explica Phillipe Monteiro da Rocha, engenheiro responsável pelo projeto, citado pelo Guardian. 
O garfo vibra quando os alimentos são ingeridos rápido demais. “Fomos abordados por jornalistas de 62 países nas últimas 48 horas”, admitiu. O objeto será comercializado nos Estados Unidos até ao final do ano por 99 dólares (75 euros).
Entre os milhares de produtos, destaque para a crescente aposta no segmento das aplicações para smartphones e tablets que recolhem informação do corpo em tempo real. “Toda a gente está a tentar levar esta tecnologia para o campo do bem-estar”, adiantou Ryan Hruska, da Vancive, uma empresa especializada em tecnologia médica sediada em Chicago.
Esta empresa comercializa o Metria, um sensor corporal resistente à água que se coloca sobre a pele do peito durante sete dias, medindo os batimentos cardíacos, hidratação da pele, respiração, passos, horas e qualidade do sono, entre outros parâmetros. A informação é enviada através da tecnologia Bluetooth para o telemóvel ou tablet. 
“Muitos idosos vivem sozinhos e com este mecanismo pode ter-se a certeza que a pessoa está bem”, lembra Ryan Hruska, que pretende alargar o espectro de clientes dos desportistas aos mais velhos.
Os vários expositores martelaram a mensagem de que smartphones e tablets podem ajudar a libertar e exercitar o corpo, através do processamento dos dados corporais. E Las Vegas, o templo dos excessos, tentou mostrar durante 3 dias que comer menos, controlar a saúde e exercitar a força de vontade pode ser mais fácil do que parece.
SAPO Saúde