"Em política, como na vida, temos de ter atos de escolha", afirmou Miguel Albuquerque na inauguração da Unidade de Cirurgia de Ambulatório no Hospital dr. Nélio Mendonça, obra que custou 4,5 milhões de euros.

O chefe do executivo assegurou, no entanto, que o diálogo com os profissionais de saúde "manter-se-á sempre", considerando que a sua colaboração tem sido fundamental nas "mudanças necessárias" que estão a ser introduzidas no sistema regional de saúde.

Miguel Albuquerque sublinhou que o Governo Regional está, agora, empenhado em desenvolver dois passos importantes no setor da saúde ao longo da legislatura: criar um sistema eficaz de medicina preventiva e familiar e implementar o Sistema Integrado de Gestão de Inscritos em Cirurgia (SIGIC), que já está orçamentado e visa a redução das listas de espera.

"As bases das mudanças que estamos a operar estão a decorrer muito bem e vamos manter também a postura de ouvir os profissionais", assegurou Miguel Albuquerque, prometendo que não vai refugiar-se numa redoma.

A Unidade de Cirurgia de Ambulatório é constituída por quatro salas de bloco operatório e uma área de recobro com capacidade para 18 camas. Comporta ainda um anexo composto por três salas para pequena cirurgia.

A cirurgia de ambulatório permite a racionalização da despesa em saúde, com uma correta reorientação dos custos hospitalares, especialmente quando existem elevados índices de substituição da cirurgia convencional, de internamento, pela cirurgia de ambulatório.

A presidente do conselho de administração do Serviço de Saúde da Madeira, Lígia Correia, disse, a propósito, que a aposta consiste na humanização dos cuidados de saúde, assente na personalização, na eficiência e qualidade.

"Tal meta só será possível alcançar se dotarmos o sistema regional de Saúde de maior satisfação e acessibilidade para os nossos utentes", afirmou.