O anúncio da reabertura da extensão de Saúde foi feito pela Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo num comunicado em que esclarece que aquela unidade passou a prestar cuidados de saúde “duas vezes por semana, às segundas e quartas-feiras, das 09:00 às 13:00”.

Mas a medida “ficou muito aquém das expetativas da população”, como defendeu o presidente da Junta de Freguesia de Famalicão, José Filipe (PS).

Para o responsável, “oito horas de consultas por semana não são suficientes para responder [às necessidades] de 1400 habitantes”.

A extensão de saúde encontrava-se encerrada desde 2011, inicialmente por falta de pessoal médico, de enfermagem e administrativo o que, segundo o autarca, “levou a que os utentes tivessem que se deslocar ao Centro de Saúde da Nazaré”.

A reabertura da unidade foi reivindicada pela população através de várias iniciativas, entre as quais um abaixo-assinado e a aprovação de uma moção na Assembleia Municipal da Nazaré em que era admitida a hipótese de realização de uma manifestação em frente à residência do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

No início de fevereiro, os deputados socialistas eleitos pelo círculo de Leiria levantaram a questão na Assembleia da República e, de acordo com a ARSLVT, a extensão acabou por ser reaberta no dia 16 com “um médico, um enfermeiro e uma administrativa” a prestarem serviço aos 800 utentes inscritos.

Contactada pela Lusa, a Junta de Freguesia entende que “este horário é insuficiente” quer para responder aos utentes inscritos quer “para reaver o resto da população que, durante o encerramento, acabou por se transferir para a Nazaré”.

José Filipe já solicitou ao Agrupamento de Centros de Saúde Oeste Norte, onde aquela unidade se insere, “uma reunião para reforçar a necessidade de mais horas de atendimento” na extensão para a qual “muitos utentes dizem que temem voltar porque depois têm que esperar muito tempo por consulta”.

Dos resultados da reunião “dependerá a decisão de avançarmos ou não com novas formas de protesto”, concluiu o autarca.