A notícia é avançada pela edição impressa desta segunda-feira do Diário de Notícias.
A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) entregou ao Governo uma proposta para reduzir em cinco anos o número de vagas de acesso aos cursos de medicina em Portugal de 1800 para cerca de 1300.
Em causa, dizem, está a qualidade da formação médica em Portugal, preocupação partilhada por faculdades, Ordem dos Médicos e Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, escreve o referido jornal.
Uma das medidas propostas é a extinção imediata do concurso de acesso aos cursos de Medicina para titulares de uma licenciatura, ou seja, pessoas que já têm um grau académico. Para estas pessoas, o concurso funciona à parte e existem cerca de 250 vagas em todo o país.
A outra proposta é a "redução fracionada de 3% [das vagas] ao ano" durante 5 anos.
Um dos problemas apontados no documento apresentado ao Governo é o rácio de alunos por tutor, que ainda tem internos do ano comum e do internato da especialidade à sua responsabilidade. Há casos de 18 alunos por médico.
Segundo a ANEM, o número de entradas na formação em medicina subiu 297% nos últimos 20 anos.
Em 2015, 114 médicos ficaram impedidos de ingressar na especialidade por falta de vagas e a ANEM teme que em 2018 esse número atinja as quatro centenas.
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