Ao fim de um mês de permanência desta equipa de técnicos na Guiné-Bissau, entre os quais profissionais do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Fernando de Almeida, presidente do INSA, destaca a cooperação no terreno.

Os técnicos portugueses encontram-se neste país, onde foi instalado um laboratório móvel com capacidade para o diagnóstico de infeções, nomeadamente do vírus do Ébola.

“Fomos avaliar quais as capacidades que a Guiné-Bissau tinha no que diz respeito ao diagnóstico ao vírus do Ébola”, evitando assim a morosidade que existia e que obrigava a que demorrasse um total de 12 horas desde a colheita da amostra até à chegada ao laboratório de referência, em Dakar.

Resultados em cinco horas

Agora, o laboratório instalado pelas equipas de técnicos portugueses permite que o resultado seja conhecido em cinco horas.

Segundo Fernando de Almeida, as maiores dificuldades foram sentidas ao nível do transporte do material.

O presidente do INSA revelou ainda que a equipa tem prosseguido as suas funções ao nível da formação, mas também de deteção de agentes, tendo participado na resposta a um surto de sarampo e a um outro de meningite, que entretanto se registaram no país.

“Não é da nossa natureza estarmos sentados à espera que as coisas aconteçam”, disse.

Para já, estão no terreno dois técnicos do INSA, que são substituídos mensalmente, ainda que não ao mesmo tempo.

O regresso da equipa dependerá de vários fatores, nomeadamente da evolução da infeção pelo vírus do Ébola.