Enfermeiros em Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte - mas não na Escócia - deixarão de trabalhar nos dias 15 e 20 de dezembro, anunciou o sindicato do Royal College of Nursing (RCN) esta sexta-feira, ao afirmar que o governo conservador recusou uma oferta de negociação.

"Os enfermeiros estão fartos de serem ignorados, com baixos salários e falta de pessoal, de não serem capazes de dar aos nossos pacientes o cuidado que merecem", disse o secretário-geral do sindicato, Pat Cullen.

A greve ocorrerá no contexto de uma crescente crise de custo de vida que, segundo a RCN, dificulta a alimentação das suas famílias e o pagamento das suas contas.

O sindicato exige um aumento salarial significativo acima da inflação histórica, que já supera 11%.

Nos últimos meses, o Reino Unido tem sido palco de uma multiplicação de greves em muitos setores. A baixa remuneração contribui para a escassez de pessoal em todo o Reino Unido, o que afeta a segurança do paciente.

Muitos enfermeiros europeus, como portugueses e espanhóis, deixaram o Reino Unido devido ao Brexit, que acabou com o sistema que lhes permitia prestar contas da sua experiência britânica nos seus países de origem.