A fonte do Comando Distrital de Beja da PSP indicou à agência Lusa que o caso aconteceu na terça-feira e que, quando os agentes chegaram, o alegado agressor já não se encontrava no local.

Segundo a mesma fonte, a enfermeira apresentou queixa e o suspeito, um jovem cuja idade não soube precisar, foi identificado mais tarde pela PSP.

O alegado agressor, referiu a fonte da PSP de Beja, é familiar de um doente que tinha recorrido ao Serviço de Urgência Básica (SUB) do centro de saúde de Moura.

Contactada pela Lusa, a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), que gere os centros de saúde do distrito, condenou com veemência a agressão e revelou ter disponibilizado à enfermeira “os meios institucionais ao seu alcance, nomeadamente apoio psicológico e jurídico”.

“Em conjunto com a Câmara de Moura, a ULSBA reunirá em breve com as autoridades competentes no sentido de serem tomadas as melhores e mais eficazes medidas para dissuadir ou minimizar este tipo de situações violentas”, acrescentou.

Também em declarações à Lusa, Edgar Santos, dirigente no Alentejo do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), disse que a estrutura sindical teve conhecimento do caso na quarta-feira através de uma colega da enfermeira agredida.

“Foi reportado que a colega pediu às pessoas excedentárias que entraram pelo SUB adentro, não respeitando outros utentes, para que tivessem calma e foi agredida por um dos acompanhantes”, adiantou o sindicalista.

Assinalando que as agressões e ameaças são frequentes naquela unidade de saúde, Edgar Santos realçou que o sindicato pretende alertar o conselho de administração da ULSBA para “a falta de segurança no SUB de Moura”.

De acordo com a fonte da PSP de Beja, já foi reforçada a segurança junto ao centro de saúde daquela cidade alentejana.