De acordo com um comunicado da empresa VivaMelhor, responsável pela comercialização do Calcitrin MD Rapid, esta ainda não recebeu “qualquer comunicação, reclamação ou chamada de atenção relativamente à qualidade deste produto, ou sua publicidade”.

A Ordem dos Farmacêuticos entregou uma providência cautelar para travar os anúncios publicitários do suplemento alimentar Calcitrin MD Rapid em todos os órgãos de comunicação social, alegando que lesam o direito dos cidadãos à saúde.

“Apenas a suspensão da emissão dos suportes publicitários nos diversos órgãos de comunicação social será adequada a prevenir a lesão do direito à saúde dos cidadãos”, lê-se na providência cautelar contra a empresa Proactivar-Viva Melhor Sempre, Lda., interposta no tribunal da Comarca de Lisboa, a que a agência Lusa teve acesso.

De acordo com a Ordem dos Farmacêuticos, o incentivo para a aquisição do Calcitrim (produto que reforça a densidade óssea e as articulações) durante a quadra do Natal “irá com certeza originar o consumo deste produto de forma indiscriminada e poderá ter como consequência danos na saúde e bem-estar de muitos cidadãos, causando lesões sérias e de difícil reparação”.

Para a VivaMelhor, “tal preocupação da Ordem, embora genericamente louvável, não justifica a desproporcionalidade de uma providência cautelar, comunicada intensamente à imprensa e base para declarações públicas que lesam o bom nome desta empresa”.

Segundo a empresa, o produto em questão “é um suplemento alimentar fabricado em Portugal, num laboratório altamente credenciado e segundo as regras mais rigorosas de qualidade certificada”.

O comunicado prossegue com a garantia da empresa de que está “disponível para corrigir o que se prove ser inadequado às finalidades anunciadas”.

A autoridade que regula o setor do medicamento recomendou esta sexta-feira que não sejam utilizados produtos contendo cálcio para a prevenção ou tratamento de doenças e anunciou que decorrem ações de fiscalização à conformidade destes produtos no mercado.