“Apesar da exposição solar induzir melhorias na psoríase, muitos doentes inibem se de ir à praia para não sofrerem com o preconceito de mostrar a sua doença às outras pessoas, que a confundem erradamente, com uma doença contagiosa”, alerta Vitor Baião, presidente da PSO Portugal. E acrescenta: “É importante saber que o sol traz algumas melhorias nas lesões na pele e pode mesmo ajudar na regressão da doença. Por isso, os doentes de psoríase devem ir à praia, sem esquecer os horários adequados e aplicar um hidratante corporal depois da exposição solar”.

Segundo as recomendações da Associação Portuguesa de Psoríase (PSO), o sol é bom para a psoríase porque ajuda a pele a cicatrizar e a reduzir a inflamação. Uma curta exposição diária ao sol, evitando as queimaduras solares, é suficiente para fazer desaparecer as placas. Por isso, a PSO aconselha a proteger a pele, evitar a exposição ao sol entre as 10h00 e as 15h00 e a não esquecer que os raios do sol passam através do vidro, nuvens, água e da roupa fina, sendo refletidos pela água e pela areia.

Apesar do sol poder ser bom para a pele psoriática, as pessoas com psoríase devem proteger-se contra os efeitos nefastos dos raios UVA e UVB. Encontram-se disponíveis protetores solares formulados para pele atópica, que hidratam a pele e protegem-na do sol, o que é essencial na psoríase. A PSO afirma ser boa ideia procurar um protetor solar à prova de água.

A Associação Portuguesa de Psoríase aconselha também a não usar roupa muito apertada pois provoca irritação da pele e tende a agravar os sintomas da doença. É importante aproveitar o tempo quente para usar roupas leves, largas e confortáveis e não esquecer acessórios como: Chapéu e óculos escuros.

A psoríase é uma doença autoimune que se manifesta no maior órgão – a pele, não sendo contagiosa é crónica e pode surgir em qualquer idade. O seu aspeto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afetam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Cerca de 10 por cento dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática. Em Portugal, esta doença afeta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em todo o mundo.

09 de julho de 2012

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