Trata-se de uma iniciativa inserida no âmbito do Dia Mundial das Doenças Reumáticas, assinalado a 12 de outubro, na qual, sob o conceito “viver a experiência do doente”, deputados e funcionários da Assembleia da República vão ser convidados a sentir na pele as limitações de algumas destras doenças, bem como a terem conhecimento de alguma da informação mais relevante sobre o panorama das doenças reumáticas.

O convite é feito pela Liga Portuguesa Contra as Doenças Reumáticas, Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatoide, Associação Nacional de Espondilite Anquilosante e Associação Nacional de Doentes com Artrites e Reumatismos de Infância.

Através de apresentação de conteúdos dinâmicos, capazes de dar uma perspetiva global sobre a incidência e prevalência das doenças reumáticas, bem como dos dados referentes ao impacto económico e social, os deputados vão ser convidados a sentir as dificuldades do dia-a-dia de um doente. Para isso, estarão no local objetos que simulam a limitação dos movimentos das mãos na artrite reumatoide e do tronco na espondilite anquilosante, bem como a dificuldade de locomoção da artrite idiopática juvenil.

O que são as Doenças Reumáticas?

As doenças reumáticas são as doenças e alterações funcionais do sistema musculosquelético de causa não traumática. Há mais de uma centena de doenças reumáticas, cada qual com vários subtipos, onde se incluem as doenças inflamatórias do sistema musculosquelético, do tecido conjuntivo e dos vasos, as doenças degenerativas das articulações periféricas e da coluna vertebral, as doenças metabólicas ósseas e articulares, as alterações dos tecidos moles peri-articulares e as doenças de outros órgãos e/ou sistemas relacionadas com as anteriores.

As doenças reumáticas podem ser agudas, recorrentes ou crónicas e atingem pessoas de todas as idades. As mulheres, sobretudo a partir dos 65 anos, são quem mais sofre com as doenças reumáticas.

Estudos científicos recentes evidenciam que as doenças reumáticas e músculo-esqueléticas são a primeira causa de incapacidade e responsáveis por quase um terço das incapacidades registadas na Europa. São a causa principal de dor aguda e dor crónica. Representam cerca de 38% de todas as doenças ocupacionais e constituem isoladamente a causa maior quer do absentismo laboral por doença, quer das reformas antecipadas por invalidez.

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