A cocaína e a heroína induzem a alterações moleculares nas células neuronais que são semelhantes à doença de Parkinson, segundo uma descoberta feita pela equipa de Catarina Resende de Oliveira, do Centro de Neurociências da Universidade de Coimbra.

A notícia é avançada pela edição impressa desta quarta-feira (05.11) do Diário de Notícias.

O estudo vem na sequência de outras investigações que dão conta que alguns substâncias tóxicas como a canábis, mais conhecida por marijuana, causam alterações a longo prazo em determinadas células e estruturas do cérebro.

A verificação daquelas semelhanças moleculares nos neurónios de ratinhos, tanto pelo efeito daquelas duas drogas, como pelas consequências neurodegenerativas da doença de Parkinson já eram, por seu turno, a sequência de estudos anteriores da equipa portuguesa.

Com o novo estudo, Catarina Resende de Oliveira demonstra que o uso daquelas drogas induzem a degeneração dos neurónios e até a morte celular. Ou seja, o consumo de droga deixa marcas perenes, talvez definitivas, nas células de algumas estruturas cerebrais.