As experiências feitas pelos investigadores do Imperial College London, no Reino Unido, com células humanas e de ratinhos demonstraram que a proteína "LEM", sigla em inglês para "Lymphocyte Expansion Molecule", consegue promover a proliferação de células T citotóxicas, que matam células cancerígenas e células infetadas com vírus.
Contudo, estas células não são capazes de se multiplicar em quantidade suficiente para combater a doença, uma realidade que no entanto pode mudar com a proteína LEM.
O estudo foi publicado na revista Science.
Nas experiências com ratinhos, a equipa identificou um conjunto de modelos animais capazes de produzir dez vezes mais células T citotóxicas na presença de uma infeção causada por um vírus do que os normais, conseguindo suprimi-la com maior eficácia.
De acordo com o comunicado do Imperial College London, o organismo destes animais produzia, também, uma maior quantidade de um segundo tipo de células T, as chamadas células de memória, que facilitam o reconhecimento de futuras infeções, acelerando assim a resposta do sistema imune.
Com base nesta descoberta, os cientistas estão, neste momento, a trabalhar em uma nova terapia genética para fortalecer o sistema imunitário através do aumento da produção daquela proteína, que será testada em ratinhos e que poderá ser alvo de ensaios em humanos em 2018.
"As células cancerígenas conseguem anular a atividade das células T, o que lhes permite escapar ao sistema imunitário. Ao introduzir uma versão ativa do gene LEM nas células T dos pacientes com cancro, esperamos conseguir proporcionar aos pacientes um tratamento robusto", explica Philip Ashton-Rickardt, principal autor do estudo e investigador do departamento de imunobiologia e medicina daquela universidade britânica.
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