25 de março de 2013 - 17h35

Uma equipa de cientistas revelou ter descoberto mutações em 26 genes
que podem causar cancro do esófago, um avanço que esperam poder conduzir
a novos medicamentos para esta doença mortal e cada vez mais frequente.

Os
investigadores descobriram o código genético de células tumorais, a
partir de 149 doentes, que compararam com células saudáveis, de acordo
com o estudo dos cientistas norte-americanos, citado pela agência France
Presse.

O cancro do esófago (que liga a faringe ao estômago) tem
uma taxa de sobrevivência de cinco anos para apenas 15-20 por cento dos
casos.

Este tipo de cancro tem frequentemente origem na doença
“esófago de Barrett”, que é causada por refluxo ácido crónico - refluxo
do conteúdo estomacal, no qual estão presentes ácidos e secreções
bilio-pancreáticas - e a sua incidência aumentou 600 por cento nos
últimos 30 anos, sobretudo nos países ocidentais, segundo o estudo
divulgado no domingo.

“Descobrir as mutações ajuda-nos a
compreender o cancro (…) Também pode ajudar-nos a encontrar novas
terapias”, disse à agência France Presse Adam Bass, da Harvard Medical
School, co-autor do estudo, a maior análise genética deste tipo de
cancro.

O cancro do esófago mata anualmente cerca de 400.000 pessoas em todo o mundo.

Lusa