O robô chama-se Vizzy e esteve hoje em testes com utentes do Centro Comunitário Nossa Senhora dos Milagres, em Cernache (Coimbra), apesar de ainda estar numa fase embrionária e ainda sem mostrar grande autonomia.

O objetivo do projeto passa por combater o sedentarismo e ajudar "pessoas que precisem de fazer exercícios", ao mesmo tempo que poderá medir os resultados de cada um dos exercícios, fazendo um registo da evolução das pessoas nos jogos propostos pelo robô, explicou um dos investigadores, Ricardo Ribeiro.

A iniciativa envolve equipas do Instituto de Sistemas e Robótica (Universidade de Lisboa), da Universidade de Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, da Faculdade de Motricidade Humana, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, do Madeira Interactive Technologies Institute (MITI) e de duas empresas.

Numa das salas do centro comunitário, equipamento da Caritas de Coimbra, ouvia-se o robô a falar com os utentes, motivando-os nos jogos, com a interação a ser controlada a partir de um computador.

De momento, ainda pouco distingue o robô de um funcionário, mas, no futuro, pretende-se que o Vizzy consiga fazer um registo da evolução da ‘performance' da pessoa nos jogos, que são projetados no chão e que decorrem com base em sensores de movimento, explicou o investigador.

Com o robô, será possível fazer "uma avaliação mais fiável do estado de saúde das pessoas", para além de armazenar os registos numa base de dados que pode ser consultada por médicos ou fisioterapeutas, sublinhou Ricardo Ribeiro.

A plataforma robótica custa "largas dezenas de milhares de euros", mas Ricardo Ribeiro acredita que numa produção em série o preço possa baixar significativamente.

"Gostei muito. Devia ser isto todos os dias", realçou Marília Dantas, de 84 anos.

Apesar de ter gostado da experiência, a utente recordou que hoje de manhã um dos participantes caiu durante os exercícios com a plataforma, podendo ser "mais complicado" para pessoas com mais dificuldades de mobilidade.

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