Cerca de 500 mil utentes passaram em 2011 a ter acesso médico de família nas Unidades de Saúde Familiar (USF) que no final do ano passado tinham capacidade para atender quase quatro milhões de pessoas, revela hoje um relatório.

O Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde refere que, em dezembro, encontravam-se em atividade 316 USF que “abrangiam potencialmente 3.921.068 utentes o que, face à situação de partida do ano de 2011, representa um ganho de mais 489.402 utentes com possibilidade de acesso a médico de família”.

Nas 316 USF, exercem funções 6.168 profissionais (2.212 médicos, 2.196 enfermeiros e 1.760 administrativos), representando uma média de 20 profissionais por USF (sete médicos, sete enfermeiros e seis administrativos).

As USF são constituídas por equipas multiprofissionais, com autonomia organizativa, funcional e técnica, com as quais é contratualizada uma carteira de serviços que tem subjacente um sistema de financiamento que premeia a acessibilidade e qualidade dos cuidados aos cidadãos bem como a produtividade dos profissionais

De entre as novas unidades no âmbito dos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), o relatório indica que se encontram já em funcionamento 158 Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC), das 273 candidaturas apresentadas.

Relativamente à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), o documento aponta que a referenciação de utentes provenientes dos centros de saúde para esta rede aumentou 42% entre 2011 e 2010.

Relativamente às referenciações feitas pelos hospitais, registou-se um aumento de 19%.

Em termos globais, foram efetuadas mais 25% de referenciações para a RNCCI no ano de 2011, do que em 2010.

O relatório foi elaborado por todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde (65 Agrupamentos de Centros de Saúde, 50 entidades hospitalares e sete unidades locais de saúde [ULS]) e é referente a 2011.

27 de junho de 2012

@Lusa