"Enquanto em 2006 a razão entre os sexos era um caso em mulher para cada 1,2 casos em homem, em 2015 é de um caso em mulher para cada três casos em homens", lê-se num comunicado da tutela, segundo a qual "a epidemia tem-se concentrado principalmente entre populações vulneráveis e nos mais jovens".

De acordo com os dados, "os casos em mulheres têm apresentado queda em todas as faixas etárias, em especial de 25 a 29 anos", ao contrário do que acontece entre os homens, com crescimento em todas as faixas etárias.

O boletim revela que "827 mil pessoas vivem com HIV/Sida", mas apenas 372 mil estão em tratamento e 13,5% não sabem que têm a doença.

Em nota, o ministério refere que "a epidemia no Brasil está estabilizada, com uma taxa de deteção em torno de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes", o que "representa cerca de 41,1 mil casos novos ao ano".

O Ministério da Saúde destacou que "nos últimos seis anos, houve uma redução de 36% na transmissão vertical [de mãe para filho] da infeção", existindo 2,5 casos de menores de cinco anos infetados por 100 mil habitantes em 2015.

A mortalidade provocada pela doença caiu 42,3% em 20 anos, para 5,6 óbitos por 100 mil habitantes em 2015, devido "ao incentivo ao diagnóstico e ao início precoce do tratamento, antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas da doença", referiu a tutela.

No comunicado, lê-se ainda que "a partir da implantação do tratamento para todos, em 2013, o número de pessoas infetadas e tratadas subiu 38%, de 355 mil em 2013 para 489 mil pessoas atualmente".

Os dados foram divulgados por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra a Sida, celebrado a 01 de dezembro.