A medida foi anunciada em conferência de imprensa pela diretora-geral da instituição, Margaret Chan, ao referir que “os casos de microcefalia e outras desordens neurológicas por si mesmos, pela sua gravidade e pela carga que implicam para as famílias constituem por si só uma ameaça [para o resto da população mundial] e por isso aceitei a recomendação do Comité”. A mesma responsável sugeriu ainda “medidas preventivas”.
“Por si só, o Zika não é uma emergência internacional”, sublinhou por seu turno o diretor de emergência da OMS, Bruce Aylwar.
“O que é uma ameaça e por isso uma emergência internacional são os dois grupos de casos de microcefalia atualmente no Brasil e os que ocorreram na Polinésia francesa em 2013 e 2014”, disse por sua vez David Heymann, presidente do Comité de emergências.
“Não pudemos estabelecer uma relação direta entre o vírus Zika e os casos de microcefalia e desordens neurológicas. É isso que devemos investigar. Mas os casos de malformações são tão graves que decidimos declará-los uma emergência”, acrescentou Heymann.
“O facto de se estar a expandir é outros dos argumentos para declarar a emergência”, sublinhou ainda.
Apesar da declaração de emergência, a OMS recusou a recomendação de restrições de viagens, incluindo a mulheres grávidas.
“Não fazemos nenhuma recomendação de restrição de viagens nem de comércio, nem sequer para as grávidas”, enfatizou Aylward.
A OMS confirmou que até à data foram detetados casos do vírus em 25 países e territórios das Américas.
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