O presidente da Câmara de Resende, Garcez Trindade, explicou à agência Lusa que o protocolo prevê que seja a autarquia a suportar os custos com o pessoal médico entre a meia-noite e as 08:00, durante os dias úteis.

“É a única maneira de conseguirmos reabrir o SAP (Serviço de Atendimento Permanente) durante o período noturno”, frisou o autarca socialista, lamentando que, no ano passado, o Governo tenha decidido encerrar “um serviço que já funcionava há mais de 30 anos sem qualquer interrupção durante 24 horas”.

Garcez Trindade estima que, para manter o SAP aberto neste período, a Câmara tenha de gastar anualmente cerca de 45 mil euros.

“Esta verba terá de ser deduzida de uma outra rubrica. Temos que definir prioridades e considerámos que a saúde é a prioridade das prioridades”, frisou.

Este acordo foi conseguido após várias diligências do presidente da Câmara, que desde que teve conhecimento da decisão do Governo prometeu lutar para que os 12 mil habitantes do concelho continuassem a ter acesso aos serviços médicos e de enfermagem a que têm direito.

O município assegurará as despesas com o serviço médico, ficando a ARS do Norte responsável pelo pagamento dos serviços de enfermagem e administrativo e das despesas de manutenção e de funcionamento.